*Guilherme Costa
Figura 1 - Detalhe do castelo Mourisco da Fiocruz.
Em meio à maior crise sanitária mundial recente, a Fundação Oswaldo Cruz, patrimônio da saúde pública brasileira, completa 120 anos. O aniversário remonta à criação do Instituto Oswaldo Cruz, célula-mater da fundação, que surgiu em 1900 em meio ao enfrentamento da epidemia de peste bubônica. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, reforça o papel da instituição no enfrentamento das doenças. "Somos um ator importante na cooperação global em saúde, inclusive em questões relacionadas à Covid-19".
Para o enfrentamento desta pandemia, a Fiocruz construiu o Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 – Instituto Nacional de Infectologia, com capacidade de atendimento de cerca de 200 casos graves da doença no Rio de Janeiro. Além disto, está construindo o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), para dar escala à produção de vacinas e biofármacos, passando de 20 milhões de unidades anuais para 120 milhões.
Nísia Trindade Lima ainda listou outras ações da Fundação no enfrentamento da pandemia, como a coordenação do estudo clínico mundial Solidariedade, a ampliação da testagem molecular (RT-PCR) para Covid-19, a implantação de unidades de apoio ao diagnóstico molecular, o apoio às populações vulnerabilizadas, a criação de ferramentas de integração e análise de dados. “Todas essas ações nos levarão ao fortalecimento do sistema de inovação da Fiocruz envolvendo pesquisa e desenvolvimento tecnológico, educação, informação, produção, vigilância e assistência à saúde”.
Na celebração do aniversário da instituição, a presidente da Fiocruz, destaca que, entre os principais desafios para os anos vindouros, estão a preservação e avanço do SUS frente aos desafios atuais e do futuro; o fortalecimento da ciência, tecnologia e inovação a serviço da sociedade brasileira; o fortalecimento do Sistema Fiocruz de CT&I; a preservação e ampliação das estratégias para redução da vulnerabilidade no Complexo Econômico-Industrial da Saúde; a preparação da instituição para enfrentar as mudanças no quadro demográfico e epidemiológico; o enfrentamento dos desafios da 4ª Revolução Tecnológica; e a consolidação da perspectiva integrada entre Saúde, ambiente e desenvolvimento sustentável no contexto da Agenda 2030.
Figura 2 - Foto antiga da Fiocruz.
Neste último tópico, a Agenda 2030, a Fiocruz conta com o apoio dos docentes e pesquisadores do cRio ESPM. Isto porque a Fundação Oswaldo Cruz tem assento no Conselho Consultivo do cRio, com a participação do ex-presidente da instituição e atual coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, Paulo Gadelha.
Figura 3 - Vista aérea do entorno da Fiocruz.
Para celebrar os 120 anos da Fiocruz, foi realizado nesta segunda, dia 25, o debate virtual "Em defesa da vida", que contou com a participação do ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, e de representantes de instituições do setor e da sociedade civil (assista a íntegra do evento aqui).
*Jornalista, docente da ESPM Rio e membro do cRio.
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